Protestos e marchas da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, conhecidos como “Abril Vermelho”, garantem ao Pré-assentamento Emiliano Zapata promessa de um novo georreferenciamento pelo INCRA.
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- Escrito por Maykon Lammerhirt e Gildo Antonio
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O integrante do MST, Celio Rodrigues, foi representante do pré-Assentamento Emiliano Zapata na Jornada de Lutas em Curitiba. Ele destaca a realidade de muitas famílias que vivem em assentamentos em todo o país. “Porque a reforma agrária, além de ser uma questão econômica, também passa pela questão social”, destaca. E também fala das reivindicações do Pré-Assentamento Emiliano Zapata na Jornada de Lutas pela Reforma Agrária.
O que foi conquistado na Jornada de Lutas e como foram as negociações?
A principal pauta que tivemos na jornada de lutas foi recolocar em nível nacional a questão da reforma agrária, que já estava bastante esquecida em nosso país. Na Jornada de Lutas nós conseguimos trazer de volta o tema da reforma agrária como um ponto a ser discutido. Para melhorar a questão da distribuição das terras em nosso país e a questão da renda das pessoas que ainda querem viver no campo e para nós que resolvemos os problemas sociais do povo, porque a reforma agrária, além de ser uma questão econômica, também passa pela questão social.
E o que muda com o georreferenciamento do Emiliano Zapata?
Em nível local a comunidade Emiliano Zapata conseguiu novamente também discutir com o INCRA a possibilidade de sermos assentados. Conseguimos com o INCRA um comprometimento para o mês de junho de realizar o projeto de georreferenciamento da nossa área para que possamos avançar na aquisição da área. Pois também houve o comprometimento do INCRA em enviar uma equipe no mês de junho para a nossa comunidade e realizar o plano de desenvolvimento do Pré - Assentamento.
Quais as reivindicações dos representantes do Paraná no circuito nacional de luta pela reforma agrária?E qual foi o cenário dos assentados do Paraná nos últimos anos?
Entre as principais pautas para os assentamentos do Paraná deixaram foi a questão econômica, que trata do endividamento das famílias assentadas e também das agroindústrias. E nós temos uma luta para que o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) financie os projetos de agroindústria nos assentamentos, pois temos que forçar o BNDES a financiar os projetos locais e regionais. Pedimos que o BNDES não apenas financie grandes projetos porque nós sabemos que o dinheiro muitas vezes é usado em grandes projetos do agronegócio e das grandes empresas brasileiras que hoje são muitas vezes multinacionais igual a outras empresas de países do primeiro mundo. Nós gostaríamos que o BNDES financiasse projetos em nível local que são projetos que geram empregos para a população dos municípios.
E quais foram as pautas do MST que entraram em maior número de discussão do governo?
A pauta principal foi e a questão do avanço dos assentamentos, nós estamos hoje com cerca de 180 mil famílias acampadas e ainda temos que avançar na aquisição de terras na desapropriação, porque é uma vergonha conviver em um país tão grande e tão rico com tanta terra boa e muitas famílias que vivem debaixo da lona preta no chão. Não temos problemas com falta de terra, mas nosso problema continua sendo a falta de distribuição delas.
Quais foram as lembranças e os ganhos que a Jornada de Lutas deixou com os representantes do Zapata?
Acredito que o ganho que nós tivemos com a jornada de luta para a comunidade correu na volta da Jornada, pois fizemos uma assembleia e quase 80% das famílias estiveram participando desta assembleia. Nós retomamos a discussão do nosso regimento interno da comunidade e novamente pautando sobre a agroecologia, sempre com a pauta principal do desenvolvimento da nossa comunidade. Este foi o principal avanço que tivemos graças à retomada de lutas pela Jornada.
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Bastidores da reportagem:
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- Escrito por Maycon Lammerhirt, Gildo Antônio
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